sábado, 29 de janeiro de 2011

Inovação tecnológica para suprir falta de mão-de-obra.

Estava assistindo essa semana o JN, quando uma matéria me chamou a atenção.

A chamada trazia soluções em tecnologia para superar a carência de mão-de-obra para a construção civil. O vídeo da matéria pode ser conferida abaixo:
 




A matéria mostrada no noticiário traz soluções relativamente simples, mas que trazem um ganho de produtividade considerável. O que acontece, é que a "industria da construção civil" no Brasil ainda trabalha, com raras exceções, de forma amadora, apenas copiando e repetindo aquilo que tem sido feito ao longo do século passado.

As soluções trazidas pela matéria, já não são novidade nas construtoras com alto padrão de qualidade e de produtividade. Porém, uma coisa pode ser dita, é diante da escassez, e da necessidade é que se põe a mente para trabalhar alternativas, por isso que vemos o interesse em se mostrar esse tipo de matéria.

Durante pesquisa achei o seguinte artigo: Desperdício na construção civil e a questão habitacional: um enfoque CTS de Ciliana Regina Colombo(1)- Walter Antonio Bazzo(2). Para acessá-lo clique aqui.

Os pontos principais eu trago aqui para vocês.

A produtividade, a nosso ver, é influenciada por diversos fatores distintos e independentes, mas que precisam ser vistos de uma perspectiva sistêmica, englobando todas as atividades da organização. Esse nosso raciocínio vai ao encontro da visão de Fontes, Gottschalk e Borba (1982) quando afirmam que o aumento da produtividade resulta dos efeitos combinados de um grande número de fatores, tais como equipamento empregado, melhoramentos técnicos, ambiente físico, circulação da matéria-prima, eficácia da direção, utilização eficaz das unidades de produção e utilização adequada de recursos humanos qualificados; fatores geralmente classificados como ambientais, humanos e tecnológicos. Baseados neste entendimento de produtividade e dado o peso desta característica no desempenho da indústria da construção, é fundamental buscar e procurar amenizar, quem sabe anular os fatores determinantes dessa baixa produtividade.

Ainda baseando-nos nos dados da empresa de consultoria McKinsey, essa baixa produtividade se deve à deficiência de planejamento e de gerenciamento de projetos, instabilidade macroeconômica, falta de mecanismos de financiamento de longo prazo e ausência de prestadores de serviços organizados, desenvolvimento insuficiente da indústria de materiais pré-fabricados, baixo grau de automação (Mawakdiye, 1999).

Schmitt, Formoso, Molin e Bonin (1992) afirmam que a indústria da construção civil, e em particular o subsetor edificações, é freqüentemente criticada pela sua baixa eficiência produtiva, pela imprevisibilidade de suas operações e pela qualidade de seus produtos aquém das expectativas, mostrando que os principais obstáculos ao desenvolvimento da construção civil no Brasil são: falta de cultura voltada para o desenvolvimento da qualidade e da produtividade nas operações do setor; crescente descompasso entre as capacidades da mão-de-obra disponível no setor da construção civil em relação às exigências do seu processo tecnológico; carência de informações e garantias sobre o real desempenho de produtos e serviços na construção civil devido à escassez de textos normativos e sistematização dos conhecimentos.

Uma pesquisa, coordenada pelos professores Ubiraci Espinelli Lemes de Souza e Vahan Agopyan (Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da USP), constatou, uma variedade grande de desempenho entre uma e outra empresa, tais como perdas mínimas (2,5%) comparáveis aos melhores índices internacionais ao mesmo tempo que um desperdício alarmante (133%) devido às muitas falhas cometidas na empresa. Também foram constatadas diferenças dentro de uma mesma empresa, de um serviço para outro. O estudo mostrou, principalmente, que o desperdício, em média, é muito menor que o legendário e divulgado desperdício de 30%, ou de uma casa a cada três construídas. Por exemplo no caso do concreto usinado a maior perda registrada foi de 23,34%, a média ficou em 9,59%, e a mediana em 8,41% (Souza; Agopyan, 1999)



Acredito que cabe aos engenheirandos colocar em prática tudo aquilo que aprendem, e não copiar o que ja está sendo feito. Não digo reinventar a roda, mas aplicar o conhecimento científico em paralelo com o empírico.


FONTE: JN

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Eficiência Energética


Energia é o motor de nossa sociedade. Qualquer atividade em uma sociedade moderna só é possível com o uso intensivo de uma ou mais formas de energia.

Dentre as diversas formas de energia interessam, em particular, aquelas que são processadas pela sociedade e colocadas à disposição dos consumidores onde e quando necessárias, tais como a eletricidade, a gasolina, o álcool, óleo diesel, gás natural, etc.

A energia é usada em aparelhos simples (lâmpadas e motores elétricos) ou em sistemas mais complexos que encerram diversos outros equipamentos (geladeira, automóvel ou uma fábrica).
Estes equipamentos e sistemas transformam formas de energia. Uma parte dela sempre é perdida para o meio ambiente durante esse processo. Por exemplo: uma lâmpada transforma a eletricidade em luz e calor. Como o objetivo da lâmpada é iluminar, uma medida da sua eficiência é obtida dividindo a energia da luz pela energia elétrica usada pela lâmpada.

Da mesma forma pode-se avaliar a eficiência de um automóvel dividindo a quantidade de energia que o veículo proporciona com o seu deslocamento pela que estava contida na gasolina originalmente.


Outros fatores mais sutis explicam muitos desperdícios. Um construtor barateia a construção não isolando o "boiler" e os canos de água quente, pois quem pagará pelo desperdício será o consumidor.

Vale notar que esses efeitos se multiplicam à medida que a energia vai migrando por todos os setores da economia.



E onde o engenheiro civil se encaixa nisso tudo?


O processo de construção hoje, e o Brasil não é uma excessão, não leva em conta a questão da eficiência energética. As construções devem levar em conta fatores como:
Iluminação: o posicionamento de esquadrias e elementos translúcidos devem  levar em conta a região, clima, posição com relação ao sol, etc.
O projeto de acondicionamento ou de sistemas de calefação deve ser feito em paralelo com um projeto de eficiência energética, visando a minimização de perdas de energia (vedação).
Horários de pico de uso de energia, horários em que a energia é mais cara devem ser evitados, especialmente no caso de indústrias. 
A inexistência de sistemas de termostatus leva a ambientes muito frios ou muito quentes. Uma situação que ilustra bem essa situação é a cena comum de pessoas que levam casacos para cinemas e shoppings. Isso é perda de energia.

Existe uma perda expressiva por vedação insuficiente de ambientes, e isso deve ser levado em conta. Grandes empresas já contratam consultoria de engenheiros ambientais e civis para a melhoria do uso de energia em industrias. O mesmo pensamento deve ser aplicado a pequenas empresas e residências, um ar-condicionado ligado o dia inteiro em um ambiente aberto é um desperdício de energia imenso.

A tarifa de energia sobe acima do IPCA há muitos anos, então nós estamos falando de perda de dinheiro, que poderia ser melhorada com soluções simples. O governo do estado do Rio de Janeiro elaborou uma cartilha com recomendações para evitar o desperdício de energia.

Ouça também o comentário de André Trigueiro na CBN


FONTE: INEE

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domingo, 23 de janeiro de 2011

Minha Casa Minha Vida


Ouço de várias pessoas, em especial de meus colegas de turma, as maravilhas de um investimento habitacional, financiado pelo famosíssimo programa da CAIXA - Minha Casa Minha Vida, ou simplesmente MCMV. 

Para esclarecer as minhas dúvidas, que podem também ser as suas, leitor, resolvi procurar informações sobre o assunto, em especial a respeito da milagrosa viabilidade econômica e potencial de retorno, já que, todo mundo está ganhando dinheiro com isso, virou moda de investimento, e, muita gente que não tem a menor experiencia em construção civil está embarcando nessa.




Como funciona?
1) A uniao aloca recursos por área do território nacional e solicita a apresentação de projetos.
2) Estados e municipios realizam cadastramento da demanda e, após triagem, indicam famílias para seleção, utilizando as informações do cadastro único.
3) Construtoras apresentam projetos às superintendencias regionais da CAIXA, podendo fazê-los em parceria com estados, municípios, cooperrativas, movimentos sociais ou independentemente.
4) Após análise simplificada, a CAIXA contrata a operação, acompanha a execução da obra pela construtora, libera recursos conforme cronograma e, concluído o empreendimento, realiza sua comercialização


Documentação Necessária


Abaixo está a lista de documentos necessários para o início de um processo de avaliação do seu empreendimento pela CAIXA, de acordo com a faixa econômica que seu projeto se enquadra.




Análise do empreendimento
Para operar com a CAIXA, as empresas devem ter análise de risco válida, nada mais é que uma avaliação das suas condições econômico-ficanceiras.
As empresas que não possuem análise de risco poderão realizar esse procedimento em paralelo ao trâmite do projeto.
Após a apresentação dos projetos são realizadas as análises de:
-Risco de operação
-Engenharia e trabalho social
-Jurídica (dossiê jurídico unico válido para todo o país)
No caso do produto destinado a famílias com renda de até 3 salários mínimos, a análise de risco da operação se restringe ao impacto no fluxo de caixa da empresa. A análise de engenharia é simplificada, pos não possui especificação padrão.
No caso de análise concomitante com a tramitação do projeto na prefeitura e outros orgãos de licenciamento, a CAIXA oferece a possibilidade de uma pré-anãlise mediante apresentação da matrícula do imóvel e projeto básico.

Em breve pretendo fazer uma análise de casos de empreendedores do programa Minha Casa Minha Vida, e trarei para vocês a experiência de quem já está no ramo.

A CAIXA disponibiliza um simulador para os diferentes cenários, para acessa-lo clique na imagem abaixo.


Abaixo a cartilha de instruções da CAIXA com mais detalhes para os navegantes:

Até a próxima,

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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Dicas para um estudante de engenharia

Se você passou no vestibular ou ENEM ou qualquer outro processo seletivo para cursar a graduação em Engenharia Civil, meus parabéns! Aproveite a festa. Você passou para um dos cursos de grande probabilidade de ascensão de mercado e oportunidades de trabalho.

Trago aqui para vocês algumas dicas para quem está começando no curso.
1) Relacionamento - É importantíssimo estar antenado e conversando com as pessoas que fazem o mesmo curso que você e os que fazem parte da Coordenação do curso ou dos Departamentos. O contato com essas pessoas lhe proporcionará informações valiozissimas para que você possa passar pelo seu curso de maneira menos extressante. Procure saber quem são os professores das matérias e qual seu histórico de comportamento, mas cuidado, muito daquilo que lhe disserem pode ser puro exagero de quem não estudava e levou bomba na matéria.


Tem igual importancia o relacionamento com o professor, seu professor pode ser sua primeira janela para o mercado de trabalho. Eu tenho amigos que estagiam ou foram efetivados pelos professores ministrantes de matérias específicas. Então, se voce gosta da matéria, recomendo que faça um esforço para também gostar do professor.

Procure ainda se encaixar em programas de projetos de pesquisa e extensão, além de lhe dar acesso a vários professores e profissionais que você não conhecia, poderá ainda faturar um extra! Além do conhecimento acumulado com a propria pesquisa, que poderá ser usado na sua TCC ou monografia, conforme exigencia do curso.


2) Organização - Procure ser uma pessoa organizada com seus afazeres, e busque sempre estar em dia com os assuntos passados em aula, pode parecer uma repetição do que você costumava ouvir durante o período de colégio, mas esse conselho se aplica melhor à universidade que à escola, especialmente quando se está cursando engenharia.
Ah, recomendo também que, se você tiver algum dinheiro sobrando,  recomendo que você compre uma calculadora gráfica, pode ser uma da marca Texas ou uma HP 50g (foto à esquerda). Ela possibilita a realizacão de operacoes que serão muito úteis durante seu curso.
Pretendo mais tarde fazer alguns tutoriais de utilização da calculadora no futuro.





3) Dedicação - Um curso de engenharia é como uma namorada(o), requer dedicação exclusiva. Se você está pensando em cursar outro curso com o perdão do reuso da palavra em paralelo com o de engenharia, saiba que isso requer esforços heróicos para ser realizado. Eu falo por experiência própria, pois cursei Direito em paralelo com Engenharia Civil, e tive que optar por um, como vocês podem ver, foi a Engenharia. Além disso, você irá se deparar com assuntos que são meramente orientativos, mas que na prática não tem aplicação.



4) Estágio - Fique sempre atento para as oportunidades de estágio da sua região. Existem sites de cadastramentos de estagiários como o CIEE que lhe darão um belo suporte na hora de procurar um estágio, inclusive ligando para você nas datas de seleções. Portanto, é importante manter seus dados atualizados, e sempre dar uma olhada no site.

Ah, mas nunca coloque o estágio na frente de seus estudos, se o horário de estágio impossibilita que você pegue alguma disciplina importante para o andar do seu curso, eu recomendo que você converse com a pessoa que lhe o ofereceu o estágio, e combine um horário diferente.


Por enquanto é tudo que eu consegui lembrar. Se lembrar de mais alguma coisa, ou surgirem duvidas, posso voltar ao tema.

Até a próxima.

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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Processo produtivo do cimento

Para aqueles que pegaram a matéria de Materiais de construção civil ou mesmo os curiosos sobre o assunto, recomendo um video produzido pelo SINC - Sindicato Nacional da Industria do Cimento, que traz o passo-a-passo do processo de produção do cimento.

Para assistir o video entre na página da cimento.org .

Apresentado por Renato Machado, o reporter faz todo o percurso por dentro de uma cimenteira.

Muito interessante.
Recomendo.

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Até a proxima.

Grafisa abre seleção de estagiários

O Programa de Estágio 2011 da Gafisa está aberto, e recebendo inscrições até o dia 30 de janeiro. São aproximadamente 100 vagas destinadas a estudantes dos cursos de Engenharia Civil e Arquitetura.

A Gafisa S.A. é uma das empresas líderes do mercado de incorporação e construção no Brasil. A empresa atua em todos os segmentos por meio de suas três marcas: Gafisa, Tenda e Alphaville.

Ótima oportunidade para quem está na graduação de Engenharia Civil.

Para se inscrever no processo de seleção voce deve preencher seu curriculo e fazer dois testes: um de português e outro de lógica. Se tem interesse, ente na página da Page Talent.


Créditos para Mauricio Lima
 
Fica ai a dica então.

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Até a proxima.

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